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Viena, 17 de Julho de 2012 às 21:22h

  • Writer: Vânia Penha-Lopes
    Vânia Penha-Lopes
  • Feb 14, 2020
  • 2 min read

Updated: Feb 18, 2020

Hoje estou frustrada. Viajar é bom, mas também é cansativo.


Esqueci no Rio o adaptador para a droga do babyliss, o qual, como a maioria dos produtos elétricos americanos, tem um pino mais largo que o outro. Então, pra eu poder usar o adaptador pra Europa que a Dilma me emprestou, tenho que usar um adaptador brasileiro primeiro. Constatei que não tinha um comigo em Paris, mas a Mema tinha um, então acabei relaxando, até porque as lojas em Paris fecham às 19h e eu nunca consegui pegar uma aberta.


Aqui em Viena é pior ainda: as lojas fecham às 18h. Acho isso uma falha grande para uma cidade. Andei que nem uma condenada, correndo, tentando achar uma loja que vendesse o adaptador. Não só não achei nenhuma, mas os vendedores nunca sabiam me dizer onde eu poderia encontrá-lo. E eles são muito diretos: a resposta é simplesmente "Não". Até que achei um cabeleireiro aberto. Ele gentilmente me indicou uma loja de eletro-eletrônicos que até fechava meia hora mais tarde, mas, quando cheguei lá, ela tinha fechado 15 minutos antes.


Fui então descansar um pouco numa sorveteria; o que não tem remédio, remediado está. Pedi sorvete de limão e de manga, mas a garçonete trouxe de limão e de banana. Nem reclamei; tomei aquele mesmo embora não ache que banana se presta a sorvete.


Já recuperada, fui pegar o ônibus pra voltar pro hotel e dormir cedo, pois amanhã a nossa sessão é o dia inteiro. Só que peguei o ônibus errado! Eu vi "D 1 2" no ponto e por quaisquer cargas d'água resolvi que tinha que pegar o "D2" e que o "2" era a mesma coisa. Claro que isso só existia na minha cabeça. Ainda bem que os ônibus (na verdade, são "trams", ou ônibus elétricos) sinalizam cada parada e são circulares. Entreguei a Deus e encarei aquele desvio como um city tour extra. E, é claro, perguntei à motorista onde pegar o D, mas eu já sabia onde quando chegamos lá e ela me avisou. Se ela não falasse inglês, eu estava ferrada.


Minha frustração tem muito a ver com não falar alemão. Como uma boa comunicação é importante! Sempre achei legal poder falar com os nativos dos lugares que visito, mas dessa vez não deu a não ser que eles falem inglês. E isso é muita pretensão. Por que alguém haveria de saber inglês se a língua-mãe deles não é essa?


Acho também que toda a frustração de hoje ocorreu pra me lembrar como NYC é uma cidade que funciona. Acostumei-me a ter lojas que fecham às 21h e supermercados que ficam abertos 24 horas por dia. Isso está longe de ocorrer por aqui. Então, hoje, senti falta de Nova Iorque.

 
 
 

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