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Viena, 16 de Julho de 2012 às 22:58 h

  • Writer: Vânia Penha-Lopes
    Vânia Penha-Lopes
  • Feb 13, 2020
  • 2 min read

Respeitável público, tenho histórias pra vocês hoje que que são verdadeiras jóias!


Fomos à Universidade de Viena hoje de manhã pegar nossas credenciais pro congresso. A Márcia recebeu um convite para um coquetel, mas eu não. Acabou que eu não tinha me inscrito para o evento. Um colega me falou que tinha um convite a mais, mas estava enganado. Fiquei super a fim de ir ao coquetel porque, por um lado, estou cansada do uniforme de turista (jeans e tênis) e procurando toda oportunidade pra usar uma roupitcha mais formal; por outro lado, como a Márcia observou, adoro esses eventos. O pessoal da organização do congresso me garantiu que ninguém entraria sem convite; eu teria de voltar à tarde e ver se havia desistências.


Nesse meio tempo, eu e Márcia fizemos um city tour. Viena é pequena e lindinha, mas tem um monte de museus, alguns enormes. Voltamos pra universidade pra ir almoçar com o Reginaldo, mas a mesa dele demorou mais. Acabamos almoçando num típico restaurante austríaco, com um nome impronunciável (escrevi na minha agenda, mas deixei-a no quarto) e uma comida maravilhosa. A culinária austríaca é excelente! Só vou descrever a sobremesa: uma bola de sorvete de creme recheado de molho de damasco (mmmmm...) e coberta por lascas de avelã (mmmmm!!!!). De quebra, a Márcia resolveu não ir ao coquetel e me passou o seu convite. Beleza!


De la, fomos ao Museu do Freud. Não sabia que ele tinha nascido na Morávia; a Áustria era sua pátria de adoção. O museu fica na casa que ele ocupou. Tirei foto do divã dele. Tinha várias fotos, inclusive do Freud menino, tão sério e compenetrado, com um comentário dele já adulto dizendo que tinha nascido velho; é claro que me identifiquei com isso.


Estávamos esgotados depois dessa visita. Voltamos ao hotel, onde me preparei pro coquetel. Acabou que eles admitiram gente sem convite! A festa foi na prefeitura de Viena, num prédio e jardins lindos.


Às 23h, resolvi cantar pra subir e perguntei como era a situação de táxi. O policial no portão me falou pra pegar qualquer um. Peguei o primeiro que passou. E aí começou minha aventura linguística.


Vamos combinar que a Áustria é o primeiro país que visito cuja língua não tenho a menor condição de usar. As pessoas aqui são muito corretas, solícitas e a maioria fala inglês. Saí do hotel sem levar o endereço e o motorista não sabia onde ficava. E mais, ele não falava inglês! O engraçado é que estávamos nos comunicando sem perceber que ele falava alemão e eu, inglês. Enfim, o inglês é uma língua germânica. E o inglês de NYC tem ainda mais influência germânica por causa do iídiche. Quando ele achou o endereço do hotel num livro e disse que era no nono distrito e não no 17°., como havia falado antes, ele pronunciou "nine" como um nova-iorquino (pensem na pronúncia do Woody Allen). Até agora não entendi como a gente se comunicou, mas falamos de futebol, do Brasil e dos EUA. E depois ele me ensinou a dizer "boa noite" em alemão. Deve ter sido um milagre de turista.


Então, "Gutten nacht" pra vocês!

 
 
 

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