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  • Writer's pictureVânia Penha-Lopes

LOUIS GOSSETT, Jr. (1936-2024)



O celular me deu a notícia da morte do Louis Gossett, Jr. hoje de manhã. Havia tempos que não o via nas telas e não me dei conta que ele já estava perto dos 90 anos.


Louis Gossett, Jr. nasceu em Brooklyn, formou-se pela New York University (como eu) e atuava desde os anos 50. A primeira memória que tenho de vê-lo foi ainda no Rio, quando a série Negras Raízes (Roots) passou na televisão. Seu papel rendeu-lhe o prêmio Emmy de melhor ator numa única apresentação dramática em 1977. Em 1983, já morando em Nova Iorque, assisti à cerimônia do Oscar em que ele ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante por sua atuação em An Officer and a Gentleman (A Força do Destino). Foi emocionante, principalmente porque ele foi o primeiro ator negro a receber um Oscar naquela categoria e apenas o terceiro ator negro a ser escolhido, depois de Hattie McDaniel em 1940 e Sidney Poitier em 1964. Levaria mais seis anos até Denzel Washington ganhar o seu primeiro Oscar, também como ator coadjuvante, e outros doze para Washington repetir o feito, dessa vez como protagonista.


O currículo do Louis Gossett, Jr. era extenso e variado, de peças na Broadway a filmes e a muitos seriados que levaram a oito nomeações ao prêmio Emmy. Por exemplo, ele fez parte do elenco de A Raisin in the Sun (1959), a primeira peça encenada na Broadway escrita por uma dramaturga negra, Lorraine Hansberry, e dirigida por um diretor negro, Lloyd Richards, e também atuou no filme do mesmo nome (1961). Seu último papel foi numa produção para a TV de A Cor Púrpura, no ano passado.


Louis Gossett, Jr. foi um pioneiro. Com uma carreira tão longa e bem sucedida, ele deve ter inspirado várias gerações de atores. Com certeza, também trouxe alegria pra nós negros, que nem sempre nos vemos representados positivamente nos meios de comunicação de massa.


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